3 de novembro de 2020 | Artigos
Cientistas estão criando pele humana que poderia ajudar a substituir muitos testes realizados em animais
Pesquisadores desenvolveram um sistema de cultura de pele humana, que poderia ajudar a substituir muitos testes atualmente realizados em animais nas indústrias de cosméticos e farmacêuticas.
Chamado de TenSkin™, o sistema imita a tensão da pele humana real e viva – algo que faltava nas culturas de pele anteriores -, o que permite testes de segurança mais precisos.
A cultura de pele humana que se assemelha à real, foi criada pela empresa Ten Bio Ltd., nascida da Escola de Ciências da Vida da Universidade de Dundee. Ela foi fundada por Dr. Robyn Hickerson e Dr. Michael Conneely, que inicialmente criaram modelos de pele com explante (pele cultivada obtida por cirurgia) para seus programas de descoberta de drogas.
“Quando a pele é removida do corpo, ela se contrai conforme a tensão relaxa”, disse o Dr. Coneely. “Esticando a pele até uma tensão ideal, criamos um modelo que permitirá que as empresas farmacêuticas e de cosméticos gerem dados pré-clínicos que serão muito mais preditivos do que provavelmente será visto na clínica.”
A Dr. Hickerson fala sobre um dos problemas ao testar farmacêuticos em animais e, depois, nos ensaios clínicos em humanos:
“Há uma desconexão entre animais e humanos quando você está tentando desenvolver terapêuticas. Embora os animais possam servir como bons análogos para estudar princípios gerais, eles geralmente falham quando se trata de detalhes específicos devido às diferenças entre as espécies animal e humana. Esses detalhes são importantes quando se trata de desenvolver medicamentos seguros e eficazes para humanos.”
“Mais de 90% dos medicamentos comprovadamente seguros e eficazes em animais falham durante os ensaios clínicos. Nosso modelo ajudará a reduzir essa taxa de falha”, disse a Dr. Hickerson.
Ainda não podemos dar a notícia de que as indústrias de cosméticos e farmacêuticas irão substituir muitos experimentos realizados em animais por esse método, mas já ficamos animados com esses dois cientistas que estão trabalhando para que um dia isso se torne realidade!
Informações retiradas do artigo da School of Life Sciences e da matéria da Livekindly.
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